quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Programação do 4º Festival Se Rasgum


Saiu a escalação do 4º Festival Se Rasgum:
http://www.serasgum.com.br/?p=672

O tradicional, o original e o novo em Belém do Pará: 4° Festival Se Rasgum anuncia escalação oficial.

Sexta – 13 de novembro

Nação Zumbi (PE)
Tecnoshow (PA)
Bonde do Rolê (PR)
Gork (SP)
Juca Culatra & Power Trio (PA)
Pro.eFX c/ Arcanjo Ras (PA/SP)
Dead Lovers Twisted Hearts (BH)
Cérebro Eletrônico (SP)
Trio Manari (PA)
Ataque Fantasma (PA)
The Baudelaires (PA)

Sábado – 14 de novembro

Pato Fu (MG)
Música Magneta – Dj Dolores, Pio Lobato e Mestre Vieira (PA/PE)
Comunidade Nin-Jitsu (RS)
Digital Dubs com BNegão e Ras Bernardo (RJ)
Pinduca (PA)
Marku Ribas (MG)
Milocovik (SP)
Johny Rockstar (PA)
Radiotape (MG)
Dharma Burns (PA)
Aeroplano (PA)

Domingo – 15 de novembro

Velhas Virgens (SP)
Stress (PA)
Matanza (RJ)
Delinquentes (PA)
Hablan Por La Espalda (URU)
AMP (PE)
Retrofoguetes (BA)
Inverso Falante (PA)
Sincera (PA)
Godzilla (AP)
Clube de Vanguarda Celestial (PA)

*Ordem inversa de apresentação

Mundo Livre S/A no Esquenta do Festival Se Rasgum


Esquenta do Festival traz a Belém Mundo Livre S/A
Dia 25/10, domingo no Hotel Gold Mar

No dia 25 de outubro, véspera de feriado, a banda pernambucana se apresenta ao lado de Metaleiras da Amazônia e Pio Lobato & Suposto Projeto nos preparativos para o 4° Festival Se Rasgum
A menos de um mês da quarta edição do Festival Se Rasgum, uma das bandas mais importantes da história recente da música brasileira se apresenta no Esquenta do Festival, dia 25 de outubro, no Hotel Gold Mar. Os pernambucanos do Mundo Livre S/A chegam pela segunda vez a Belém pelas mãos da Se Rasgum para embalar o clima de expectativa pelo maior evento de música do estado. A festa, que conta com um pôr-do-sol de véspera de feriado à beira do rio, promove a atmosfera perfeita para shows de abertura das Metaleiras da Amazônia e Pio Lobato & Suposto Projeto, além dos DJs Se Rasgum e do DJ Patrick Tor4. Os ingressos estarão à venda a partir da próxima segunda-feira (19).
O evento esquenta as expectativas do público paraense para o 4º Festival Se Rasgum, que acontece nos dias 13, 14 e 15 de novembro em Belém. Para o Esquenta, a Se Rasgum preparou uma promoção que vai premiar com passaporte para os três dias do Festival e kit do evento (com CD, caneca, sacola e outros brindes) o autor do melhor set de música brasileira. Além da premiação, o vencedor ainda vai discotecar entre as atrações de abertura do show do Mundo Livre. O segundo melhor set também leva entradas para o Esquenta.


SERVIÇO:

Esquenta para o 4° Festival Se Rasgum. Shows de Mundo Livre S/A (PE), Metaleiras da Amazônia e Pio Lobato & Suposto Projeto. Participação DJs Se Rasgum e Patrick Tor4
Dia 25 de outubro (véspera do Recírio), a partir das 18h
Ingressos: R$ 15 antecipados na Ná Figueredo (Gentil 449) e Colcci (Pátio Belém e Braz) e antes das 18h. Após as 18h, R$ 20
Local: Hotel Gold Mar (Rua Prof. Nelson Ribeiro, 132, próximo à Fundação Curro Velho. Belém-PA)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Festa da Greenvision - Amanhã!


Lançamento do vídeo clipe "Japan Pop Show", da banda Curumin (SP), no Boteco São Matheus (Belém), nesta quinta-feira (24/09).

Com shows de Curumin (SP), DJ Maderito & David Sampler (Tecnobrega) e Juca Culatra & Power Trio.
DJ's convidados: Patrick Tor4, Xarope (Meachuta) e Marcel Arêde (lindo!).

Serão exibidos trechos do filme "Brega S/A", que estreia na MTV Brasil no dia 03/10.
Ingressos Limitadíssimos

Os ingressos podem ser comprados na loja Ná Figueredo, da Gentil Bittencourt.

Apareçam, que vai ser sensacional!!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto

No ritmo da indignação à sentença proferida pelo juiz Raimundo das Chagas Filho, da 4ª Vara Cível da capital, condenando o jornalista Lúcio Flávio Pinto a pagar uma indenização de R$ 30 mil aos irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, proprietários das Organizações Romulo Maiorana, e que ainda obriga o jornalista a não mais referir-se aos irmãos em seus próximos artigos, foi criado um blog chamado "Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto", onde um abaixoassinado em apoio a Lúcio está recolhendo assinaturas.

Participe!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um "tour" pela Avenida Nazaré

Moro na Av. Nazaré há mais de 20 anos e posso dizer com segurança que, em tempo algum, vi minha rua tão largada, imunda e perigosa como está hoje.

Sou super pedestre, ando diariamente pela Av. Nazaré quase inteira, por dois indignos motivos: não sei dirigir e não tenho carro (até tenho carteira de motorista, mas ela não me serve de nada, até porque está vencida desde 2007).

Por andar tanto por essa rua, eu sei que posso reclamar e ficar aborrecida, com toda autoridade do mundo, ao ver essa favelização de uma das principais avenidas de Belém.

As calçadas são totalmente irregulares, feitas com umas pedras que devem datar da Belle Époque e, como ninguém cuida disso, estão todas quebradas e imundas em toda extensão da avenida. É um verdadeira desrespeito com so pedestres, principalmente com aqueles que são deficientes físicos.

A iluminação noturna é péssima. Aquelas lâmpadas alaranjadas dos postes pouco iluminam e, somadas às luzes verdes que resolverão pindurar nas árvores (que também não favorecem em nada a iluminação), são um prato cheio pros bandidos que dão plantão pela área, e eles são muitos.

Quando o assunto é bandidagem, hippie fedorento e mendigo a Av. Nazaré está muito bem servida. Vou começar a descrever tudo pelo quarteirão onde moro, só pra vocês sentirem o pânico que é.

Na calçada do meu prédio, todas as noites, um mendigo todo pop, com fones de ouvido e tudo, se instala e faz do lugar sua morada. Ele usa muito bem o espaço que, durante a manhã, também é a entrada de algumas lojinhas. Usa tão bem o local que, inclusive, faz suas necessidades fisiológicas todas ali mesmo e revira todo o lixo do meu prédio, deixando tudo exposto na calçada.

Acho que nem preciso dizer que todos os dias o fedor é grande e que, todas as manhãs, os funcionários das lojinhas têm que fazer limpeza no local, né? É terrível!

Não muito distante, ainda no mesmo quarteirão e calçada, existe um terreno, com uma casa aparentemente abandonada, que pertence à uma família rica de Belém (prefiro não citar nomes) que teve muitos problemas. A história, em resumo, é que o pai morreu, e deixou uma herança pros seus dois filhos. Um deles resolveu matar o outro irmão, o fez, e foi preso.

Não me perguntem a quantas anda esse cara que matou o irmão porque, siceramente, eu não sei. O que sei é que esse terreno, com a antiga casa da família, hoje serve de "point" de encontro para marginais que circulam pelo bairro.

É um verdadeiro horror! O local fede muito porque a bandidagem inteira faz de lá um banheiro a céu aberto, além de praticarem atos sexuais e ilícitos, como uso de drogas. Claro, o terreno também serve de esconderijo para eles, já que é tapado por um muro e um "outdoor".

Já tentaram bloquear a passagem para o interior do terreno, colocando cacos de vidros nas arestas do muro, mas de nada adiantou. A pivetada quebrou os vidros, lixou o muro e continuam entrando livremente.

Uma amiga, que mora em um prédio que fica, praticamente, ao lado desse antro disse que já viu barbaridades acontecendo ali. "Lá rola de tudo que é ruim e puderes imaginar", me disse horrorisada.

É realmente um transtorno passar pela frente desse lugar. É muito perigoso e o cheiro que exala dá ânsia de vômito.

No quarteirão seguinte, em frente às Lojas Americanas, uma comunidade de vendedores hippies se instalou, com barracas de camping, inclusive.

É, eles estão morando lá, durante a noite. No resto do dia vendem seus artesanatos e fedem ao ar livre. Nem dá vontade de entrar na loja, porque toda aquela quantidade de hippie tentando te vender alguma coisa, na calçada, incomoda muito. Junto com eles também ficam os vendedores de DVD's pirata.

Em frente às lojas Americanas, atravessando a rua, temos o Centro Arquitetônico de Nazaré, mais conhecido como CAN. A calçada do CAN é super mal iluminada, o ponto de ônibus que lá existe é sempre muito cheio de todo tipo de gente e vendedores ambulantes. Nunca se sabe se passar por lá é seguro. O mesmo posso dizer o quarteirão seguinte, nas laterais da Basílica de Nazaré... um breu! Inclusive, vale dizer, já fui assalatada lá.

Ano passado, trabalhei em um órgão público que tem sede na Av. Nazaré, bem no início dela, e isso me obrigava a andar a avenida inteira. Era incrível como todos os dia eu tinha algum tipo de problema no trajeto, seja com a sujeira, com os vendedores ambulantes e bancas de comidas nas calçadas (que são muitos), como com buracos e poças de água apodrecidas, onde eu "resolvia" cair.

Acho que nem preciso me alongar muito nos relatos sobre minha rua pra todos perceberem o verdadeiro abandono por que passa nossa cidade. Sim, nossa cidade, porque se a Av. Nazaré, localizada em um bairro "nobre" de Belém está assim, imagine o resto da cidade, não é? É nem precisamos imaginar, nós vivemos esse abandono diariamente.

Todo dia muitos assaltos acontecem aos arredores do meu prédio, e não é raro alguém ser assaltado em frente a ele. Na Joaquim Nabuco (a ruazinha em frente ao Clube do Remo, esquina do meu prádio) então, só dá assalto e tiroteio.

É verdadeiramente muito incômodo pra mim ter que conviver com toda essa selvageria urbana.

Welcome à odisseia do meu dia a dia!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Festival Se Rasgum - Votação da Seletiva do dia 29/07

Clicando Aqui você pode votar na sua banda preferida, que disputará a seletiva do dia 29 de julho, no Gold Mar Hotel.

Neste dia, estão concorrendo estas 12 bandas:

. Força Paralela
. Os Caras da Estrella
. Sincera
. Octoplugs
. Máfia da Baixada
. 16-bits
. Vinil Laranja
. Plug Ventura. Os Miguelittos SA
. Barão Geraldo
. Ruwa
. Hebe e Os Amargos

Participação especial> Pata de Elefante (RS)

Vota lá!

Novidades sobre as seletivas, lançamento e realização do 4º Festival Se Rasgum



Vocês devem lembrar que o lançamento do 4º Festival Se Rasgum, com show do Móveis Coloniais de Acaju, e finalíssima das seletivas de bandas, foi adiado, né?
Então, agora a nova data já foi confirmada.

O Lançamento do 4º Festival Se Rasgum será no dia 08 de agosto, no Gold Mar Hotel. As atrações continuam as mesmas: Móveis Coloniais de Acaju e as oito bandas finalistas das seletivas.

Outro detalhe: as seletivas também já têm novas datas. Nos dias 29 de julho e 5 de agosto, as 24 bandas pré-selecionadas disputarão (12 bandas a cada dia) as oito vagas para a grande final, no dia 08 de agosto, de onde sairão as três bandas que terão o privilégio de tocar no 4º Festival Se Rasgum.

Mudanças geram mais mudanças...

Para a surpresa de todos, pela primeira vez, o Festival Se Rasgum muda o mês de sua realização. O que era bom em setembro, agora vai bombar em novembro.

As datas escolhidas para o festival foram 13, 14 e 15 de novembro, no African Bar.
Para esse ano, a organização do Se Rasgum promete continuar surpreendendo na escalação de suas atrações, levando para seu público o melhor da música regional, nacional e internacional.

Daqui pra frente, são quatro meses de expectativas para o Se Rasgum, o maior festival de música independente do Norte do Brasil.
Vai valer a pena esperar!

O serviço do Lançamento do 4º Festival Se Rasgum fica assim:

Shows: Móveis Coloniais de Acaju (DF), mais oito bandas locais.

Data:Dia 8 de agosto, a partir das 21h.

Local: Hotel Gold Mar (antigo Hotel Paramazônia, rua Professor Nelson Ribeiro, 132. Paralela à avenida Pedro Álvares Cabral, próximo a Fundação Curro Velho).

Ingressos: R$ 15,00. À venda nas lojas Colcci (Shopping Pátio Belém, Castanheira e Braz de Aguiar) e Lojas Ná Figueredo (Gentil Bittencourt, 449, e Estação das Docas).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Jornalistas do meu Brasil

Charges de J. Bosco, publicada em seu Blog.

É, crucificaram mais "um" cristo.




Adorei!

Alguém aí, por favor, puxe a descarga.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Adeus a Juvêncio

O blog Espaço Aberto com a notícia que não queríamos receber.

O grande rei dos blogs paraenses se foi...
Vamos todos ter saudades de você e do Quinta.

Que Deus receba Juvêncio de Arruda com muito amor.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"Campanha da Moedada "

A sentença estipulando que Lúcio Flávio Pinto pague 30 mil reais aos irmãos Ronaldo e Rômulo Maiorana Júnior está rendendo... pelo menos, dessa vez, são bons frutos.
Criaram uma campanha para ajudar Lúcio a pagar os 30 mil.

Eu tô dentro! Farei meu depósito.

Para entender melhor, leia estes 2 posts feitos no Blog do Barata:

IMPRENSA - A conta para depósitos de doações

Em comentário feito neste blog, internauta anônimo revela que o próprio Lúcio Flávio Pinto já disponibilizou, bem antes da sentença que o condenou, uma conta bancária para colaborações ao Jornal Pessoal, na qual poderiam ser feitas as doações para a Campanha da Moedada. A conta vem a ser a seguinte:

UNIBANCO (banco 409)
Conta: 201.512-0
Agência: 0208
CPF: 610.646.618-15


O internauta anônimo cita, a propósito da campanha, as manifestações de dois jornalistas:

Herbert Marcus – “Colaborar financeiramente com o Lúcio nesse momento é uma manifestação concreta de nossa indignação, além do voluntariado pela causa do jornalismo comprometido com a verdade e o interesse público , como ele nos lembra em sua página web.”

Ursula Vidal - "A campanha dos ‘10 centavos’ vai dar um tom bem humorado à essa indignação que é geral. Tens 1 milhão de amigos e não uma casta de puxa sacos ao teu redor. Esse ‘milhão’ é o teu maior capital.”

De resto, o mesmo internauta conclama o blog Flanar (blogflanar.blogspot.com) a aderir à Campanha da Moedada.

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IMPRENSA – Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto

Parece ter decolado, mesmo, a Campanha da Moedada proposta por um internauta anônimo, neste blog. A campanha conclama todos aqueles solidários com o jornalista Lúcio Flávio Pinto a que façam depósitos de qualquer valor, mas sempre em moedas, até atingir os R$ 30 mil estipulados como multa pelo juiz Raimundo das Chagas Filho, titular da 4ª vara cível de Belém do Pará, que condenou o editor do Jornal Pessoal por supostos danos morais aos irmãos Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, e Ronaldo Maiorana.
A Campanha da Moedada teve o endosso imediato das jornalistas Eva Maués e Luciane Fiúza de Mello, em seus blogs. O blog de Eva chama-se Debaixo da Chuva e o de Luciane, Simplesmente Lu.

É o seguinte o endereço eletrônico do blog de Eva Maués:

http://evamaues.blogspot.com/2009/07/campanha-da-moedada.html

Já o blog de Luciane Fiúza de Mello tem o seguinte endereço:

http://simplesmentelu.blogs.sapo.pt/73645.html

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fenômeno de audiência

Uma homenagem, em charges, ao fenômeno de audiência que foi o Memorial de Michael Jackson, na tarde de ontem.
Não deixa de ser uma homenagem a MJ.
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Charge de Sinfrônio, para o jornal Diário do Nordeste (CE):


Acho que todos esperavam que isso fosse acontecer ao final do velório de Michael. :.(
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Charge de Zé Dassilva, para o jornal Diário Catarinense (SC):


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Charge de Solda, para o jornal Estado do Paraná (PR):


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Charge de Aroeira, para o jornal O Dia (RJ):


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Charge de Sponholz, para a Charge do Dia:


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Charge de Amâncio, para o jornal Tribuna do Norte (RN):


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Charge de Amarildo, para o jornal A Gazeta (ES):


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Charge de Dálcio, para o jornal Correio Popular (SP):


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Charge de Alex Ponciano, para o jornal Expresso Popular (SP):

terça-feira, 7 de julho de 2009

Notícia triste - Força, Juvêncio!

Do blog Espaço Aberto:

O Quinta Emenda para. Força, Juvêncio!

O blog Quinta Emenda – um dos mais lidos e mais polêmicos de Belém e de todo o Estado – não tem sido atualizado desde o dia 27 de junho passado.
Nesse período, para ser mais preciso, foi feita apenas uma atualização, no último sábado.
Não são poucos os leitores que têm se preocupado com isso.
Leitores que se habituaram a passar o dia inteiro lendo o Quinta querem saber muito mais sobre o editor do Quinta, o economista, cientista político e publicitário Juvêncio de Arruda Câmara, 54 anos, com breve passagem pelo jornalismo, no início dos anos 80.
O Espaço Aberto lamenta informar, mas o Quinta Emenda ficará sem atualização por um tempo indeterminado, ainda indefinido, impreciso.
Juvêncio, o Juca de tantos amigos, enfrenta aquela que talvez seja a maior e mais decisiva batalha de sua vida.
Está com um câncer – dos mais agressivos e insidiosos – num dos rins.
Descobriu a doença recentemente, há menos de duas semanas.
A enfermidade avançou rapidamente.
Os efeitos colaterais, as consequências e a extensão da doença, igualmente muito agressivos, impossibilitam Juvêncio de atualizar seu blog.
E assim o será enquanto ele estiver submetido ao tratamento que lhe foi prescrito.
Juvêncio continua antenadíssimo. Com tudo e todos.
Tem plena consciência dos seus limites, das suas condições, dos desafios que deverá enfrentar daqui para a frente.
Para isso, tem contado com o carinho, a afeição, as boas energias, os bons fluidos e as orações de seus amigos e, agora, certamente, de todos os leitores, que passam a tomar conhecimento do motivo da paralisação de seu blog.
E mais do que isso, Juca tem contado com o carinho e a dedicação absoluta dos familiares que o cercam.
Nos últimos dias, não são poucos os que, por e-mail ou telefonemas, tentaram contactar com Juca.
Ele não pôde atender aos telefonemas e nem responder aos telefonemas porque, repita-se, precisa de repouso total.
E como não pode atualizar seu blog, Juca e sua família atribuíram ao Espaço Aberto a missão – nada confortável, vale confessar – de transmitir essa informação publicamente, em atenção aos amigos e milhares de leitores do Quinta Emenda.
Força, Juca!
Muita força!
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Eu, mesmo não conhecendo pessoalmente Juvêncio, o admiro e respeito muito.
Desejo, profundamente, que ele vença essa batalha logo.

Força!

Cobertura completa sobre a sentença contra Lúcio Flávio Pinto

Uma cobertura bem completa sobre a sentença do juiz Raimundo das Chagas, titular da 4ª vara cível de Belém do Pará, que condenou o jornalista Lúcio Flávio Pinto, no Blog do Barata.

Links diretos:
IMPRENSA – Agressão e impunidade

IMPRENSA – O Jornal Pessoal e seu editor

IMPRENSA – Juiz condena Lúcio Flávio Pinto

IMPRENSA – A manifestação do jornalista

IMPRENSA – Lúcio Flávio reage com perplexidade

IMPRENSA – A controvertida sentença

A lei do mais poderoso

Em janeiro de 2005, o jornalista Lúcio Flávio Pinto publicou em seu "Jornal Pessoal" um artigo sobre a família Maiorana, dona de um grupo de comunicação do Pará, de onde são integrantes a TV, rádio e jornal "O Liberal", entre outros veículos e empresas de comunicação. As Organizações Maiorana são a maior rede de comunicação do Norte e retransmitem programação da TV Globo.

Graças a este artigo, dias depos da publicação, Lúcio Flávio foi covardemente espancado e ameaçado de morte diante de, aproximadamente, 80 pessoas que estavam no restaurante Restô do Parque, em Belém, por Ronaldo Maiorana, diretor das Organizações Rômulo Maiorana, que contou com a ajuda de mais dois de seus seguranças pessoais na agressão ao jornalista.

Nada aconteceu a Ronaldo Maiorana, por ter agredido Lúcio Flávio.
Lúcio foi condenado a pagar R$ 30 mil, a título de indenização, por danos morais à família Maiorana (leia no Blog do Ricardo Noblat sobre a decisão).
Um absurdo!

Mais uma vez, um "poderoso" fica impune; mais uma vez a justiça não é feita. A lei aqui é a do dinheiro, se é que vocês me entendem.
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Abaixo, o artigo escrito por Lúcio Flávio Pinto, publicado no "Jornal Pessoal", que deu origem a toda essa história de impunidade:

"Um império ao Norte:
o de Romulo Maiorana"


Escrevi este artigo, a pedido de Maurizio Cierici, repórter especial do L’Unità, de Roma, para o livro Favelas e arranha-céus, recém-publicado pelo jornal italiano na coleção Cadernos da América Latina. Dois dos seis títulos já lançados dessa coleção têm o Brasil como tema. O artigo foi solicitado em função da guerra judicial aberta contra mim pelos herdeiros do império jornalístico criado por Romulo Maiorana, um filho de italianos. Escrito para o leitor daquele belo país, o que mais amo depois do lugar no qual nasci, espero que interesse também ao leitor da minha querida cidade. E que leve os filhos de RM a refletir e acabar com esse mau hábito de criar suscetibilidades hiperinflacionadas, reagindo com selvageria sempre que alguém, tendo que falar sobre um passado ainda tão recente, mas já passado, reconte a história verdadeira – que, como tal, tem tanto de heróico e soberbo quanto de miserável e dramático em seu enredo real. Homens de carne e osso fizeram essa história. Não bustos impolutos ou fantoches caricatos. Que a boa pesquisa faça justiça a personagens históricos, sejam eles Magalhães Barata, Paulo Maranhão ou Romulo Maiorana. Certamente essas pessoas se tornaram marcantes porque o saldo de suas vidas foi positivo, superavitário. Do contrário, já estariam esquecidas.
Em 1953 o rio Amazonas, o maior e mais volumoso do planeta, encheu como nunca. Suas águas caudalosas invadiram cidades e foram muito além de suas margens, criando um mar interior, ao longo de seu percurso, com 300 quilômetros de largura. Foi a maior enchente do século XX de um rio que lança ao Oceano Atlântico 12% da drenagem superficial de água doce do planeta Terra.
Foi esse o fato mais marcante de 1953. Ninguém registrou, na época, um fato que também teria sua repercussão específica – certamente muito menor, ainda assim significativa – na história contemporânea do Pará, o segundo Estado em extensão da Amazônia, o mais antigo, o mais populoso e o mais importante da região. Nesse ano chegou a Belém, a metrópole regional, situada na foz do Amazonas, numa ponta de terra às proximidades do mar, um pernambucano, filho de pais italianos, chamado simplesmente Romulo Maiorana.
Maiorana já estava com 31 anos, mas nada realizara até então de especial para merecer a atenção coletiva. Nascera em Recife, a capital do Nordeste brasileiro, estudara apenas até o segundo grau (chamado, então, de científico), e fora mandado pelo pai à Itália para estudar. Mas a guerra estourou e ele acabou sendo incorporado ao exército de Mussolini. Não foi para os campos de batalha, entretanto: ficou na retaguarda, como datilógrafo.
Finda a guerra, Romulo voltou ao Brasil. Não para Recife, mas para Natal, a mais importante base de operações dos Aliados em território brasileiro na Segunda Guerra Mundial, onde seus pais se haviam instalado. Sem perspectiva, decidiu tentar a sorte mais ao Norte. Belém, com pouco menos de 400 mil habitantes, vivia um período mais favorável nesse novo entre-guerras do que na fase de 1918 a 1939, quando entrou em crise profunda porque a principal atividade econômica regional (e a segunda base da economia nacional), a exploração da borracha, entrou em colapso por causa da concorrência asiática.
Romulo tentou alguns negócios comerciais, como fabricar placas indicativas de ônibus, flâmulas e painéis luminosos, antes de começar a montar uma rede de sete lojas de vestuário e calçados, que inovaram em vendas e marketing. Mas nunca deixou de escrever uma coluna social na imprensa, sua verdadeira paixão. Primeiro foi colunista em O Liberal, jornal fundado em 1946 para ser o porta-voz do partido mais forte do Estado, o PSD (Partido Social Democrático). O verdadeiro dono dessa legenda era o general Magalhães Barata, que surgiu na política como integrante do movimento dos jovens militares de classe média que faria a renovação do Brasil a partir da década de 20, o tenentismo.
Barata foi interventor federal no Pará em 1930, voltou a ser interventor durante a grande guerra e em 1953 era senador, preparando-se para disputar – e vencer – a primeira disputa como governador eleito pelo voto popular, em 1955. Seus maiores inimigos não eram outros políticos ou empresários, que não aceitavam seus métodos truculentos e a oligarquia criada em torno de seu poder pessoal. Quem mais o preocupava era um jornal, a Folha do Norte, fundado ainda no século XIX, e seu dono e principal redator, Paulo Maranhão, já então sexagenário, mas de estilo violento, demolidor.
O Liberal perdeu feio as escaramuças praticamente diárias com a Folha, o mais poderoso jornal do Norte do Brasil, mas Barata conseguiu voltar ao poder total, que perdera na eleição de 1950 para a Coligação Democrática Paraense, uma frente com quase todos os outros partidos. Além de escrever uma coluna no jornal de Barata, Romulo passou a namorar uma sobrinha do general, Lucidéia, mais conhecida como Déa, jovem muito bonita e muito comentada nas rodas da “alta sociedade” por seu modo de viver desafiador para a moral conservadora da época.
À sombra do caudilho, Romulo cresceu no comércio como nunca, não só através da multiplicação das Lojas RM, como pelo contrabando que se desenvolvia na cidade. Belém era, na época, uma espécie de Sicília. Vivia isolada do restante do país. Não dispunha de estradas de rodagem ou ferrovias para as comunicações com outros Estados brasileiros ou o exterior, que só podiam ser feitas por navio ou avião. Mas como estava às proximidades das Guianas (na época, sob o domínio da França, que ainda se mantém, da Holanda e da Inglaterra, que concederam a independência às suas antigas colônias sul-americanas), Belém se abastecia, sobretudo de bens duráveis (como automóveis) ou de consumo supérfluo (como bebida alcoólica e perfume), através de um comércio ilegal com seus vizinhos estrangeiros. O contrabando quebrava o isolamento e, ao mesmo tempo, enriquecia um grupo de empreendedores mais audaciosos – ou mais próximos do poder político, que daria cobertura às suas aventuras. Romulo fazia parte desse grupo.
Perspicaz, como demonstraria ser ao longo de sua vida, ele viu que esse tipo de comércio ficou com seus dias contados quando o “baratismo”, o sistema de poder construído em torno de Magalhães Barata, foi derrotado por um novo movimento militar eclodido no Brasil, em 1964, que depôs o presidente João Goulart e acabou com o populismo, o sistema nacional de poder estabelecido a partir do ditador Getúlio Vargas, um híbrido de autoritarismo político de elite com patronato econômico em favor dos desfavorecidos (Getúlio seria imortalizado como “o pai dos pobres”).
Romulo fechou abruptamente sua cadeia de lojas, famosas na cidade, e comprou, em 1966, O Liberal. O jornal já não era mais do PSD: fora adquirido por Ocyr Proença, um empresário que, embora vinculado ao governador cassado do vizinho Estado do Amazonas, Gilberto Mestrinho, iria apoiar a eleição de um dos militares que ingressara na política exatamente com o novo poder, responsável pela cassação de Mestrinho, acusado de corrupção. O coronel Alacid Nunes se elegeu governador, mas a participação de O Liberal fora tão pouco convincente como quando na fase do controle baratista.
O jornal tirava 500 exemplares em 1966 e sua credibilidade era zero. Romulo teve que emprestar dinheiro (de Armando Carneiro, um político getulista, que decidira trocar a política pela atividade empresarial para escapar à cassação, passando a atuar nos bastidores) e trabalhar dobrado para conseguir que a velha e precária impressora funcionasse, imprimindo sua nova mercadoria.
Como jogador de cartas que era, Romulo fazia seguidas apostas na sorte e na força de sua intuição, que complementavam sua audácia. Ele sabia que um fato importante criara um vácuo na imprensa com a morte, exatamente em 1966, do homem que dava vida à Folha, dona inconteste do mercado. Paulo Maranhão morreria aos 96 anos, levando consigo as chaves do sucesso do jornal que comandara durante mais de meio século. O Liberal tinha que entrar nesse vácuo.
Romulo seduziu os jornaleiros com propostas vantajosas e presentes para que apregoassem prioritariamente O Liberal. Dobrou as comissões dos “baderneiros”, os vendedores de rua. Oferecia jornais de cortesia. Renovava empréstimo, que não pagava, oferecendo permuta de publicidade, divulgando os nomes dos benfeitores. Em 1972, já consolidando sua liderança, deu um golpe mortal na concorrência: O Liberal foi o primeiro jornal do Norte a adotar o moderno sistema de impressão em off-set, que garantia rapidez e qualidade ao impresso. Dois anos depois, comprou a Folha, já decadente. Ao invés de tentar reanimar o glorioso jornal do passado, deu-lhe a extrema-unção. O Liberal é que devia ser o novo poder.
Confirmou-o quando, em 1976, inaugurou a TV Liberal, montada em apenas oito meses, para se tornar afiliada da TV Globo, que se tornaria a quarta maior rede de televisão comercial do mundo. Mas Romulo não pôde colocar a emissora em seu nome, embora fosse seu dono. Os órgãos de informação ainda mantinham em sua ficha a nódoa do contrabando. O regime militar ainda estava no movimento afluente do seu moralismo (o golpe de 1964 foi dado no Pará a pretexto de combater a subversão e a corrupção). Não concordava em transferir para alguém tido como ex-contrabandista uma concessão pública, o canal de televisão. Romulo teve que colocar a concessão no nome de cinco funcionários, reavendo-lhes a ação depois, quando seus serviços prestados ao governo haviam limpado definitivamente seu nome dos arquivos da “comunidade de informações”, o subsolo no qual funcionava um autêntico governo paralelo.
Pelos 10 anos seguintes Romulo não pararia mais de investir, crescer e expandir seu poder. Seu jornal se tornou o segundo maior consumidor de papel de imprensa do Norte e Nordeste, com tiragem em torno de 50 mil exemplares, quase dobrando aos domingos. De cada 10 leitores de jornal no Pará, quase 9 liam O Liberal, uma proporção sem igual no país na época. Seus outros veículos de comunicação eram, todos, líderes em seus respectivos setores. Com uma nota na coluna principal do jornal, que ele escrevia ou supervisionava, podia fazer o sucesso ou o desastre de uma pessoa, empresa ou governo.
Ciente do seu poder, ele parecia viver como se fosse eterno, o que justificava, embora de forma paradoxal, sua notória hipocondria. Fazia-o feliz quem lhe desse o “último grito” em remédios de presente. Quando morreu, em abril de 1986, aos 64 anos, de leucemia, ele estava comprando um novo e moderno parque gráfico para o jornal, em via de importação do Canadá, e equipamentos para as emissoras de rádio e televisão, além de montar um novo tipo de negócio, a produtora de vídeo.
Os sete filhos, que o sucederam, sob a presidência honorária da mãe, encontraram uma máquina azeitada, em pleno movimento e com um apreciável estoque de capital líquido, os elementos que respondem pelo poder sem igual que o grupo Liberal tem na história da imprensa do Pará. Mas que podem se tornar a causa de sua decadência, em futuro não longínquo, se faltar aos herdeiros algum dos componentes essenciais que levaram Romulo Maiorana a criar esse império amazônico.
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Aqui, outro artigo publicado por Lúcio em seu "Jornal Pessoal", sobre a família Maiorana:

"O rei da quitanda"

O poder de Romulo Maiorana Júnior, o principal executivo do maior grupo de comunicação do Norte do país, contrasta com a situação de um Estado destituído de informação, de opinião e de posição. O grupo Liberal é mais poderoso do que o Estado no qual atua. Mais do que um título, esse é um epitáfio: o que lhe dá força é o que enfraquece o Pará.
Aos 45 anos, Romulo Maiorana Júnior é um dos homens mais poderosos do Pará. Exibe esse poder de várias maneiras. Em duas semanas seguidas, entre o final do ano passado e o início deste mês, ocupou páginas e páginas de seu jornal, O Liberal, com fotos e mais fotos suas, registrou seu repentino segundo casamento, o recebimento do título de um dos líderes setoriais nacionais no setor de comunicações (outorgado mais uma vez pelo jornal Gazeta Mercantil no "Fórum de Líderes Empresariais") e uma visita exclusiva ao Mangal das Garças, antes da inauguração da obra pelo governo do Estado, como que para sacramentá-la.
Rominho é jornalista, mas nenhum dos editoriais bissextos publicados em O Liberal com sua assinatura foi escrito por ele. Falta-lhe a mais remota das intimidades com as artes e ofícios do jornalismo. Já viajou por meio mundo, mas não fala uma língua além da que traça com alguma dificuldade desde o nascimento. Não se conhece nenhuma contribuição original do seu intelecto, na forma de livro, palestra ou mesmo conversa informal.
Quando se permite sair do seu círculo íntimo, contempla os circunstantes com um ar blasé de enfado que nada tem a ver com a iconoclastia do déjà-vu. É desinteresse mesmo, ou alheamento. Conta-se que na jornada da campanha Andando pelo Pará, em Santarém, depois de subidas e descidas, vais-e-vens, fez sua primeira - e talvez primal - observação com a pergunta: este rio é o Tapajós? Ninguém fez pim-plim, mas bem que podiam chamar os nossos comerciais. Ou fazer baixar o pano.
Está aí, justamente, uma das fontes principais do poder de Romulo Júnior: a TV Liberal é uma das afiliadas da Rede Globo de Televisão. Essa conquista multiplicou a força que a corporação tinha quando o pai dispunha apenas de um jornal, já em carreira ascendente contra dois concorrentes, a Folha do Norte pré-moribunda e A Província do Pará claudicante. A retransmissão das imagens da Globo era feita pela TV Guajará, de Lopo e Conceição de Castro. Mesmo com todo trabalho de aproximação que empreendeu junto a Roberto Marinho, Romulo Maiorana pai não teria conquistado o trunfo se não contasse com a imperícia do antigo afiliado.
Na época, RM não pôde proclamar a vitória. Havia um veto não assumido dos militares dominantes ao seu nome. Associavam-no a uma das expressões dos maus hábitos políticos locais, de mãos dadas com negócios escusos, que atraía o furor moralista do regime estabelecido em 1964: o contrabando. Romulo tinha ligações com esse mundo por suas duas vertentes: o próprio contrabando e o pessedismo, centrado num homem pessoalmente honesto, Magalhães Barata, o maior líder político do Estado, cercado de corruptos por todos os lados. Dea, viúva de Romulo, é sobrinha de Barata.
Por isso, o novo afiliado da Globo teve que colocar sua TV Liberal formalmente sob o controle de outras quatro pessoas. Três lhe devolveram imediatamente a outorga de confiança quando o veto dos militares (que nem queriam sair em fotografias ao lado do cap das comunicações) foi extinto. Com um, Romulo precisou negociar pacientemente, usando como intermediário o principal dos seus advogados e um dos seus maiores amigos. Limpo o caminho, ele foi se distanciando dos concorrentes, perdendo-os de vista graças ao seu modo muito peculiar - e muito eficaz - de administrar seus negócios, sempre neles reinvestindo, ainda que pelo primado da imobilização em ativo fixo, com poucas sobras para a qualificação de pessoal.
Quando morreu, quase 18 anos atrás, deixou aos herdeiros uma empresa que liderava em todos os segmentos do mercado, com vantagem sem igual na história das comunicações no Pará, azeitada e com muitas reservas em caixa, além de planos de expansão em pleno andamento, como era sua característica: o crescimento em moto contínuo, sem descanso. A doença fatal, embora cruel, deu-lhe tempo para encaminhar a sucessão.
Ela estava posta quase naturalmente: o mais velho dos dois filhos homens, entre cinco mulheres, levava seu nome (mais uma garantia da marca RM, que começou a imprimir no comércio varejista de Belém) e já principiava, a enorme distância dos irmãos, a secundá-lo quando em vida. Romulo Junior parecia ter herdado o instinto do negócio, uma das qualidades do pai, e um certo feeling pelo jogo político. Mas parecia faltar-lhe experiência, assessoria e uma dose de bom senso, de olhar autocrítico.
Houve alguns momentos muito difíceis para o grupo Liberal depois da morte de Romulo. Do ponto de vista operacional, a compra de uma impressora sofisticada, mas superdimensionada para as necessidades e características da empresa. Além disso, com um inconveniente não detectado por ocasião da compra: devido a sua dimensão, ela exigia que o jornal se transferisse da sede, no centro velho da cidade, para novas oficinas capazes de suportar a dimensão da máquina e seu impacto quando em funcionamento.
O novo prédio de O Liberal é uma das mais bem instaladas sedes de jornal do país. Em particular, o gabinete do principal executivo não tem paralelo com o de nenhum outro publisher do país. É, de longe, o mais suntuoso, do tamanho de um latifúndio - e com o mesmo significado etimológico: muito espaço para pouco uso. O mesmo qualificativo de suntuosidade Rominho espera ver aplicado à mansão que está construindo no condomínio fechado do Lago Azul, na saída da cidade, numa área de cinco mil metros quadrados, mil deles construídos, com requintes hollywoodianos.
Tudo se tornou hiperbólico para Romulo Júnior. Ele passou a exigir o máximo, a partir da constatação de que seu poder aparenta ser ilimitado. Pode obrigar a justiça a passar por cima das exigências do rito do casamento civil e a Igreja a abrir mão de certas regras do preceito religioso para não prejudicar a pompa e circunstância de um matrimônio decidido a tempo e hora pelo rei, o noivo, conforme regras que prescreve do trono.
Romulo Júnior, porém, nos editoriais hebdomadários que assina, atribui a fonte de seu poder ao próprio trabalho (não exatamente matutino, muito pelo contrário), à colaboração dos funcionários da empresa (com os quais tem raros contatos) e à credibilidade dos veículos de comunicação sob seu mando principal (os seis irmãos são secundários; um deles, a irmã mais velha, abriu mão de participar da sociedade, vendendo sua cota de 7%, e a mãe antecipou os direitos do primogênito masculino e do caçula, Ronaldo).
Este é o ponto que mais interessa, entre tantas histórias paralelas. As pessoas acreditam no que publicam ou dizem os veículos de comunicação do grupo Liberal? Sem dúvida, acreditam (muitas também acreditam no chupa-chupa, entidade extraterrestre ressuscitada na capa da última edição dominical do jornal, com direito a suíte no dia seguinte). Sem isso, os dois jornais diários da casa (O Liberal e Amazônia Jornal) não seriam lidos com exclusividade por 8 dentre 10 compradores de impressos nem a emissora de televisão (em rádio a situação não é a mesma, mas a radiofonia é a mais delgada das fatias do bolo) teriam as folgadas lideranças de que desfrutam.
Grande parte dos consumidores que acreditam no produto dos veículos Liberal acredita por falta de opção. O quase-monopólio dos Maiorana cria um estado de inércia difícil de romper: seus clientes não se sentem estimulados a buscar sucedâneos, ou simplesmente essa alternativa não existe para eles. No caso da TV, em função do domínio arrasador da Globo. Em relação à mídia impressa, porque nenhum competidor enfrentou-os com o investimento requerido para derrubar uma situação de décadas, nem o Diário do Pará, do deputado federal Jader Barbalho, claudicante na profissionalização e tímido no capital de risco.
O fiel leitor e telespectador, que acredita no que lê e ouve, está realmente sendo servido pela verdade? Tem condições e capacidade de verificar a qualidade do produto que lhe servem para não comprar gato por lebre?
Estas perguntas precisam ser respondidas, principalmente em função do domínio que o grupo Liberal exerce em Belém, sem paralelo em qualquer outra capital brasileira. Em todas elas a disputa é bem maior. Esse quase-monopólio dá à empresa um poder sem medidas, do qual usa e abusa, tanto sobre o público quanto sobre anunciantes e os poderosos de ocasião, impondo-lhes suas condições leoninas, interesses e caprichos.
Muitos temem mais do que admiram o grupo Liberal. A empresa tem por norma não publicar cartas consideradas inconvenientes, nem que a justiça tente lhe obrigar a cumprir a lei (determinação que raramente chega ao fim em eventuais processos). Além disso, mata em vida aqueles que desafiam sua vontade. Uma vez indexado, o desafeto jamais sairá nas páginas de O Liberal ou na tela da TV Liberal. Para pessoas públicas, isso pode equivaler mesmo à morte.
Por isso, a controvérsia foi varrida dos veículos da casa. Ela também não se interessa pela opinião alheia. Exercita seu mando conforme as variações de interesse. Nos momentos em que se negou a comparecer ao caixa da corporação para atender a cobrança feita, a Companhia Vale do Rio Doce, a maior empresa em atividade no Estado, foi vítima de campanhas sistemáticas e transformada no inimigo público número um do Pará. Quando se curvou, recebeu os afagos devidos. Assim foi, sistematicamente, até que a empresa, sob nova direção privada, decidiu enfrentar o ultraje de ser levada às barras do tribunal como má pagadora. O objeto da cobrança, dessa vez, era uma duplicata, mas uma duplicata fria, ou seja, sem endosso do emitente, não confirmada por ele. A CVRD reagiu com uma ação de indenização civil, além de contestar a cobrança indevida.
Parecia que começaria uma guerra entre gigantes, mas tudo não passou de mais uma batalha de Itararé, aquela que ficou célebre por nunca ter havido. As ações passam agora por um momento de inanição no fórum de Belém. As partes fizeram libações noturnas no Rio de Janeiro e apararam as arestas. As moedas da Vale voltaram a tilintar no caixa do Liberal e a besta-fera de semanas antes virou príncipe da responsabilidade social, etiqueta que pode se transformar em gazua quando usada com responsabilidade para inglês ver.
Foi assim, antes, com a Rede Celpa e o Banco da Amazônia. A Rede também tentou se livrar de patrocínio furado ao grupo. Depois de saraivadas de matérias de denúncia, seguiu o caminho de todos os anunciantes. O Basa foi ameaçado com escândalos anunciados por ter veiculado apenas meia página de balanço, que coube em três páginas do concorrente. Mas quando publicou integralmente o balanço seguinte, as operações nebulosas ficaram subitamente solares e nunca mais se falou nisso. No recente escândalo do Banco Santos, escândalo mesmo, o Basa se beneficiou do silêncio obsequioso do grupo.
O contraste é brutal e chocante para qualquer pessoa que usa a memória como ferramenta de informação. Num momento o acusado é fulminado com editorial de primeira página, manchete de capa de jornal, como há muito tempo não se pratica na imprensa em qualquer parte do mundo. Parece que mereceu o ataque terrível por razões substantivas. No entanto, uma vez cumprida a função que lhe é atribuída, como anunciante, o tratamento muda do vinagre para o vinho, sem qualquer explicação ao distinto público, sem um mini-editorial (ou suelto) que seja. O jornal pode mudar de opinião, mas precisa explicar por que era contra antes e ficou a favor depois. Sem essa salutar providência, a repentina transformação pode ser creditada a interesses ocultos, escusos. Em linguagem de rua, chantagem.
Foi sempre assim numa publicação subterrânea, o Jornal Popular, criado e recriado por Silas Assis. Mas esse jornal era pouco mais do que um pé-de-cabra. Sua tiragem costumava ser uma fração da anunciada, boa parte dela distribuída gratuitamente, conforme o objetivo do editor. Um mosquito diante do elefante. Os métodos, porém, o aproximaram desse tipo de comportamento que o grupo Liberal costuma ter quando seus interesses comerciais são contrariados. A parte editorial passa a ser uma extensão a serviço do comércio, sem a menor preocupação com a coerência, a consistência e o direito de explicações do público.
O que sustenta o poder inquestionável de Romulo Maiorana Júnior não é o porte do seu negócio. Os Yamada, nesse ponto, são bem maiores. É a natureza especial do seu produto, a informação. Para RM Júnior, nos momentos de conflito, o que menos interessa é se a informação é certa, mas se é útil, se servirá aos seus propósitos. O resto é vã filosofia, ainda que de filosofia o personagem nada saiba.
Uma empresa jornalística pode - e às vezes deve - usar o caráter especial do seu produto contra adversários que a agridem ou para alcançar objetivos legítimos. O Wall Street Journal, segundo jornal em tiragem dos Estados Unidos e de uma influência sem a menor possibilidade de comparação com o segundo, o débil USA Today, empreendeu, na década de 20, do século passado, uma campanha contra a General Eletric, que era a maior empresa americana e do mundo na época.
A GE, contrariada por uma reportagem do WSJ, mas sem contestá-la (por ser verdadeira), decidiu, em represália, cortar a publicidade que fazia no jornal. A partir daí a poderosa GE começou a conviver com um hábito indesejado: ver todos os dias suas mazelas serem expostas no jornal, que deslocou dois dos seus melhores repórteres para cobrir a indústria em tempo integral. Mazelas reais, muitas das quais desconhecidas pelo próprio board da GE, não invenções ou chantagens, eram publicadas diariamente. Incapaz de contraditar as acusações, a GE restabeleceu a programação publicitária e o jornal voltou a dar a cobertura rotineira à empresa.
Não é esse o procedimento do grupo Liberal. Com seu jus império, a empresa se tornou árbitro único do próprio poder, independentemente do poder legalmente constituído e até das boas regras de convivência. Sua relação com Jader Barbalho, outro pólo de mando no Pará, com origens semelhantes e desdobramentos que divergiram até o antagonismo radical, é revelador desse modus operandi.
O grupo Liberal participou, como nunca, sob os Maiorana, da eleição de 1990. Apoiou Sahid Xerfan, candidato do governador Hélio Gueiros, e pintou Jader como a quintessência de tudo que não presta. Como de regra, perdeu a eleição (essa tem sido a única forma de reação aos Maiorana da opinião pública, protegida pelo amálgama da vontade coletiva anônima). O nome de Jader sumiu do noticiário da corporação. Mesmo ao tomar posse do maior cargo público do Estado, não recuperou seu nome: foi referido, em página interna, como "o governador". Com os primeiros anúncios legais (os editais), recuperou o nome próprio. Com os anúncios institucionais, foi conquistando, sucessivamente, foto, primeira página e a anistia incondicional. O ladrão da véspera virara, ao som das caixas registradoras em fúria, o estadista do dia. Mas até o dia de uma nova cobrança sem retorno, quando raios voltaram a ser disparados dos fundos do Bosque.
O procedimento contra o pai se repete com o filho. Empossado prefeito do segundo maior município paraense, Helder Barbalho não existiu para O Liberal e TV Liberal nas festas do dia 1º. Se não existiu para os Maiorana, não existiu para o mundo paraense, que, sabendo das coisas pelos veículos do grupo, sabe quase nada sobre si - e o dobro sobre o mundo. É, de fato, um poder superlativo. Tanto que, dizem os confidentes, o filho Barbalho pediu ao pai que diminuísse a troca de tiros com os Maiorana para que sua nascente carreira de prefeito não enfrente um caminho cheio de espinhos, que os adversários - comerciais e políticos - já lhe apresentaram. Dizem que Jader atendeu o pedido e mandou desarmar um front, que fora municiado como jamais havia acontecido desde que o império Maiorana se consolidou, na década de 70, à base da unanimidade compulsória.
Houve alguma situação parecida na história anterior do Pará? Em matéria de imprensa, só com a Folha do Norte. Mas Paulo Maranhão, o dono do jornal (sem uma arma formidável como a afiliação à Rede Globo), precisava matar um leão por dia. Não só na caixa registradora, administrada pelo filho, João, mas, sobretudo, na redação. Paulo Maranhão raramente assinava seus editoriais, artigos e notas, mas todos eles saíam de sua fervente cabeça e, pelo estilo, eram logo identificados por quem sabia ler. Era o que dava legitimidade e grandeza ao seu papel. Pois se o que distingue a mercadoria jornalística é sua natureza subjetiva e especial, de informação, saber o que constitui uma informação é o que o autoriza a exercer o seu poder, para o bem ou para o mal, mas com seu valor intrínseco. Paulo Maranhão jamais iria a Santarém para perguntar se aquele rio lindo que a banha é o Tapajós. Já sairia de casa com a informação no bolso do colete.
Quando o negócio da informação se reduz a uma quitanda, o poder jornalístico se torna uma fonte de poder pessoal, imenso para quem o exercita e absolutamente vazio para todos os demais, e a informação, uma banana. É o que, em boa medida, explica o estado de prostração no qual o Pará se encontra, incapaz de entender seu drama, por falta de informações, e submisso à vontade do soba, que o manipula conforme seus caprichos.
O poder enorme de Romulo Maiorana Júnior, solitário e caprichoso, é a contrafação da impotência do Estado no qual esse poder se nutre.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

É tudo uma questão de governabilidade, minha gente!

Só dá pra rir da situação.
Tudo em nome da governabilidade, né Lula?
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Charge de Ique, para o Jornal do Brasil (RJ):

sábado, 4 de julho de 2009

Alice in Wonderland

Alice


Pra quem ainda não sabe, ano que vem, em abril, teremos a estreia do remake de Alice no País das Maravilhas, o conto de fadas de Lewis Carroll, na versão do diretor Tim Burton. A estreia em outros países está prevista para 05 de março.

Cena do filme, pra dar uma noção do clima sinistro do filme


Adivinha quem Tim escalou para o elenco?
Johnny Depp, seu queridinho? Sim!!!! Ele será o Chapeleiro Maluco.
Helena Bonham Carter, sua esposa e também queridinha? Sim!!!! Ela será a Rainha de Copas.

Rainha de Copas


Chapeleiro Maluco

Na verdade, os dois são meus queridinhos também. :)
Além desses maravilhosos atores, também estão no elenco Anne Hathaway, como a Rainha Branca, e Mia Wasikowska, como a Alice do século XXI.

Rainha Branca

Pelo o que percebi, o filme vai seguir o típico estilo macabro de Burton, com identidade visual bem lisérgica. O filme é todo feito com efeitos 3-D.

Não perco por nada!

Diva

Para animar o dia, a noite ou qualquer outra ocasião... um pouquinho de Scarlett Johansson.

Animated Gifs

LINDA!!!

Funeral Pop

Charge de Aroeira, no Jornal O Dia (RJ):




Charge de Erasmo, no Jornal de Piracicaba (SP):


Férias legais do lado de cá

Primeiro final de semana de julho, em Belém: sol escaldante; ruas vazias; depressão por não ter uma praia por perto.

No próximo, por favor, ALGUÉM ME CONVIDE PRA SALINAS!!!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sessões de cinema cariocas

Estive no Rio de Janeiro no início do mês e aproveitei para assistir a dois filmes que dificilmente chegarão às salas de projeção de Belém: Simonal - Ninguém sabe o Duro que dei e Apenas o Fim.


Esse primeiro é um documentário, dirigido por Cláudio Manoel (o Seu Créisson, do Casseta e Planeta), Micael Langer e Calvito Leal, que fala sobre a história da ascenção e queda, repentina, da carreira do cantor Wilson Simonal, um dos artistas brasileiros mais importantes da década de 60 e 70.

O início dá destaque a todo carisma, talento e sucesso que Simonal tinha, exibindo trechos de grandes apresentações do cantor negro que dominou as paradas de sucesso do Brasil, quando brancos predominavam.

Em determinado momento do documentário começa a se evidenciar a decaída de Wilson Simonal que, graças a um mal entendido jamais esclarecido, envolvendo agentes do DOPS e seu contador, respondeu processo criminal, foi apontado como o delator que ajudava as forças de repressão do regime militar e teve sepultada, precocemente, sua carreira, em decorrência disso..

O filme é excelente e, com ele, pude esclarecer várias dúvidas em relação ao caso que deu fim a esse gênio da MPB. Me emocionei bastante e aplaudi de pé, junto com todos os outros expectadores.

O mais curioso é perceber que, de fato, Wilson Simonal foi sepultado pelo povo brasileiro a partir daquele momento, e que as gerações seguintes pouco sabem sobre a obra desse artista tão grandioso.


"Apenas o fim" é um filme totalmente produzido pelos alunos do curso de cinema da PUC do Rio de Janeiro, com direção de Matheus Souza, onde a história do término de um relacionamento entre dois jovens é retratada.

O filme também foi todo gravado na própria PUC e tem como protagonistas Erika Mader (mais conhecida como sobrinha da Malu) e Gregório Duvivier, que aparecem em 90% do filme a sós.

No elenco também está o Marcelo Adnet, apresentador do programa "15 minutos", da MTV, mas ele só aparece bem no finalzinho, em menos de 15 minutos (hehehe).

Posso dizer que o filme é muito sincero, mostrando detalhes de uma história de amor que acaba, e isso poderia acontecer com qualquer um de nós.

Eu, que já morei no Rio e já tive relacionamentos amorosos (com início, meio e fim) , senti o filme bem próximo da minha realidade; dei boas gargalhadas em várias das deixas engraçadinhas e fiquei com o coração apertado em alguns momentos mais profundos.

Recomendo os dois filmes. Ótimos!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson eternamente


"Ídolos nunca morrem", e isso se aplica a Michael Jackson (29/08/58 - 25/06/09), logicamente.
A morte do grande ídolo pop mundial, na tarde de ontem, me deixou triste de verdade, porque não sei lidar com esse tipo de coisa. Não sei lidar com a morte, principalmente de pessoas próximas.

Acredito que, não só pra mim, Michael era uma pessoa próxima. Tenho lembranças muito fortes da minha infância ao som dos discos que meus pais tinham, como o "Off the Wall", "thriller", "Bad" e, mais pra frente o "Dangerous", com a música "Black or white", e seu incrível vídeo clipe. E quando o assunto era vídeo clipe, Jackson caprichava.

Afirmo sem dúvida alguma que o vídeo de "Thriller" é o melhor clipe de todos os tempos, com seu formato diferenciado pra época, mais parece um curta metragem dos bons. Não me canso de assistí-lo.



Ainda da época Jackson Five, "Ben" sempre me fez chorar, "A B C" e "Iwant you Back" dançar. Por algum motivo, "Beat it" e "Rock with you" são as músicas que mais me remetem àquela época em que eu fazia apresentações de dublagem e dança para as visitas da minha casa.

Hoje mesmo minha mãe me disse que "Ben" foi a primeira música do romance entre ela e meu pai, que a presenteou com um disco, da trilha sonora internacional, da telenovela Cavalo de Aço, de 1973, de onde a música fazia parte.

Nossa, tenho tantas lembranças "jacksonianas" que não caberiam aqui. A mais próxima é a do "momento Thriller", que já se tornou frequente nas festas feitas por meu grupo de amigos, onde todos fazem a coreografia do clipe. Também existe um "momento Beat it", mas esse é menos expressivo, comparado ao outro. Sempre nos divertimos muito.

Um grande cantor, compositor, produtor, dançarino... um artista completo. Seu passo "moonwalk" é uma de suas marcas registradas. Revolucionou com sua maneira de dançar, e deu um novo rumo à música pop, inserindo toques de R n' B. Influencia várias gerações com seu estilo.

Os vários escândalos que passaram pela vida de Michael são o grande reflexo de uma infância conturbada, onde o pequeno Michael não podia brincar, ir a parques de diversão, apanhava de sue pai e irmãos mais velhos quando tinha vontades de uma criança normal. O pai dos Jackson sabia que seu filho tinha muito talento e priorizou a carreira artística dele, esquecendo que ali estava uma criança.

Confesso que prefiro não lembrar dos tais escândalos, as recordações boas que tenho, relacionadas com a obra do rei do pop, são muito mais significantes.

Prefiro lembrar do Michael negro, criança ou adolescente, com um sorriso lindo, dançando e cantando como ninguém.

Michael Jackson é eterno, um imortal da música.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mega Sena acumulada

Hoje, o prêmio, sensacionalíssimo, de 45 milhões de reais da Mega Sena acumulou para 55 milhões.
Estou sentindo que, se eu jogar, esse dinheiro será meu.
Amanhã, sem embromação, irei à lotérica mais próxima e farei minha aposta.
Eu sempre digo isso, no entanto, nunca joguei na Mega Sena.

Se depois de sábado eu sumir, tenham certeza, eu ganhei os 55 milhões.
Por favor, nem tentem me procurar, estarei longe, muito longe daqui. Só ligarei para as pessoas que amo.

hehehe... doida!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Seletivas do 4º Festival Se Rasgum são adiadas

A postagem anterior a esta, noticiava o início das seletivas de bandas locais para o 4º Festival Se Rasgum, que aconteceria hoje (20/06), e teria seu segundo dia em 27/06.

Devido a contratempos, essas seletivas foram adiadas.

Para entender melhor a situação, leia a nota de esclarecimento feita pela organização do Festival, em seu site oficial.

A mesma nota foi deixada na comunidade da Se Rasgum, no Orkut, onde várias pessoas estão escrevendo mensagens de indignação, diante dessa situação terrível, provocada pela presidência da Funtelpa.

Que vergonha, Funtelpa!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lançamento do 4º Festival Se Rasgum



Dia 04 de julho vai rolar o lançamento do 4º Festival Se Rasgum, no African Bar, com o badaladíssimo e sensacional show da banda Móveis Coloniais de Acaju, apresentando à Belém o repertório de seu novo disco "C_MPL_TE".
Além do show do Móveis, que por si só já vale a ida, o lançamento do Festival também terá a apresentação de 8 bandas locais fazendo a final das seletivas, de onde saírão 3 ganhadoras que terão o privilégio de tocar na 4ª edição do Festival Se Rasgum, um dos mais respeitados do país.

Aguardo todos lá, com muita animação, pq isso vai ser muito bom!!!

Para mais news, clique aqui.

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Inclusive, se você já quiser ir votando entre as 12 bandas que concorrem à seletiva do dia 20/06, que será transmitida pela Rádio e TV Cultura, pode fazer isso aqui.

Semana que vem será aberta a votação das outras 12 bandas que estão na seletiva do dia 27/06. Aguarde!

Pen drive online

Você precisa guardar alguma informação importantíssima, urgentemente, mas esqueceu seu pen drive em casa? Não se apavore. Seus problemas acabaram!
Chegou o Super Pendrivator Tabajara online!
hehehe... Brincadeira.
Na verdade o nome dele é SkyDrive, um novo recurso de armazenamento e compartilhamento de arquivos online, com capacidade de 25GB, da Windows Live.

Acho que dá pra quebrar um galho de vez em quando, não?

Dois em um

Faz tanto tempo que não posto aqui, que pulei vários acontecimentos importantes para o contexto deste blog.
Lembra que eu queria viajar de qualquer jeito? Então, eu viajei! E sabe pra onde??? Para o Rio de Janeiro, meu amor da vida.
Lindo, né? É! Mais lindo ainda porque meu namorado foi passar o dia dos namorados comigo.
:)
Só não foi melhor porque fiquei doente na viagem... Mas isso não tira toda a emoção de estar na cidade mais amada, idolatrada, salve, salve!
Como sempre, chorei no último dia de estada no Rio, enquanto caminhava pelas ruas do Flamengo. Me culpei mais um pouquinho por ter deixado aquela cidade há pouco mais de 2 anos, quando poderia ter feito um esforço pra ficar, mesmo com todas as dificuldades emocionais e finaceiras do momento.
Mais uma vez, conclui que sou mais feliz naquele pedaço do Brasil.
Pretendo fazer outras muitas viagens até o final deste ano.
Pretendo conseguir voltar mais vezes, e com mais tempo, ao Rio.
Pretendo conseguir arranjar um emprego no Rio, para poder voltar.
Pretendo poder levar meu namorado junto.

sábado, 30 de maio de 2009

Namorados Insanos - A Festa

Propaganda básica, só porque acho que essa festa vai conseguir o que é, praticamente, impossível: ser mais sensacional que a Ins'anos 90.
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Dia 5 de junho, sexta-feira, a Dançum Se Rasgum Produciones adianta o Dia dos Namorados na festa “Namorados Insanos”, na Mystical

Revival aos anos 90 é a grande onda, a gente sabe. E juntando a nova onda da Se Rasgum a uma das festas tradicionais mais legais do ano, apresentamos orgulhosamente Namorados Insanos, a festa que vai espremer espinhas, fritar um ovo, coçar a costa, conhecer os pais e encarnar o papel de namorado cafonão para casais, pretendentes, casinhos, casados e solteiros em busca de aventuras.

Tudo o que fez da Ins’anos 90 um sucesso estará novamente na Mystical: Telão com o VJ Guto Baca, duelo no Street Fighter, banda TomaRock com um set novinho em folha e especialmente preparado para os casais em polvorosa, promoção de bebidas (você sabe, para facilitar as coisas com a mina) e o DJ Fernando Souza em mais um revival antológico com os grandes hits da Insãnu. Além, é claro, dos DJs Se Rasgum e suas discotecagens baseadas em uma memória trashpop, grunge e maracatuzenta.


Promoção 1: O que dá certo a gente repete. A promoção que movimentou o playlist e bagunçou a CDteca dos namorados no ano passado está de volta! O casal que nos apresentar o melhor set-list para uma discotecagem anos 90 vai tocar na festa. Quem quiser concorrer basta entrar na Comunidade da Se Rasgum, no Orkut, e postar seu set. O melhor set fará as honras de abrir a festa.

Promoção 2: Essa é para coroar ainda mais a noite dos amantes. Um casal será presenteado na noite com uma diária em um hotel classe A. É só preencher um cupom logo na entrada dando seu nome e e-mail e depois torcer para ser sorteado. Promoção no bar: A dose do Whisky Johny Walker Red Label e da Vodka Absolut a R$ 5,00 até meia-noite. E continua a promoção das 4 cervejas a R$ 10,00.

Banda: TomaRock e um show com as melhores lembranças da década de 90. Floriano e sua banda tiram o mofo da camisa xadrez, calça bag e dão um grau na cabeleira noventista para mais um show cheio de participações e surpresas.

DJs: G Bandini (Grunge, rock etc.) Damaso (Rock, pop, trashpop) Fernando Souza (hits da Insãnu) Marcel Arede ( Rock Nacional 90).

Hora: às 22h30
Data: 05 de junho, sexta-feira.
Ingressos: R$ 10,00 até meia-noite / R$ 15,00 depois da meia-noite.
Local: Boate Mystical (Avenida Tamandaré com Dr. Assis)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Macumba Online

A Internet e seus avanços me surpreendem a cada dia mais.
Se estiver afim de fazer um "trabalhinho" pra alguém, o Macumba Online 2.0 resolve isso pra você.
Meu Deus, onde vamos parar?
Dá uma lida no texto de introdução do site:

"Já pensou em fazer trabalho pra alguém? Tem preguiça de ir a um terreiro? Gosta de serviços ao estilo delivery, tudo feito de casa mesmo? Seja qual for o motivo, se você deseja fazer um trabalho para alguém, este é o local. Aqui você pode encomendar diversos trabalhos e despachos que acompanham a tecnologia. Faça sua macumba sem sair de casa, seja pra você mesmo ou para o seu vizinho, sua sogra, seu gato, seu professor, em busca de dinheiro, amarração, trazer a pessoa amada, tudo o que você conseguiria num terreiro, na tela do seu computador. O melhor de tudo: É GRÁTIS. Tenha comodidade: não faça o trabalho, deixe que o façam por você! Macumba Online, para facilitar a sua vida."

segunda-feira, 11 de maio de 2009

De um poeta sem talento, cheio de sentimento

É preciso não ter que sentir, é preciso fugir.
Fuja para onde você conseguir, o mais distante possível de si.
Fuja, principalmente, do que é bom. Essas coisas maltratam.
Conserve-se em um cubo, no gelo.
Congele seu coração, e esqueça que o tem.

Photoshop online

Se precisar de Photoshop, e estiver em algum lugar que não tenha o programa instalado, clique aqui, e solucione o seu problema.

Adorei!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Festival Se Rasgum (PA) é um dos mais importantes do Brasil

O Festival Se Rasgum, que acontece em Belém, no mês de setembro, e este ano vai para a sua quarta edição, foi escolhido pela Revista Bravo! (edição do mês de maio), uma das publicações mais respeitadas do país, como um dos 5 festivais independentes mais importantes do Brasil.

O Se Rasgum ganha destaque por apresentar um festival de qualidade e conteúdo plural, quando o assunto é estilo musical.

Na edição de 2008 as atrações foram do indie rock da banda suéca Shout Out Louds, passando pelo rockabilly do Canastra, o eletro rock do Montage, e o hip hop do SequEstrodamente, até chegar ao techno brega do DJ Maluquinho. Uma grande mistura de ritmos e estilos que conseguiu agradar público e crítica.

Os organizadores prometem continuar chacoalhando os estilos das atrações do festival deste ano.

Abaixo, a matéria que está na Bravo! deste mês, quase na íntegra, mais um resumo dos boxes com as indicações dos melhores do Brasil.

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Revista BRAVO! | Maio/2009

A Nova Era dos Festivais
Como nos anos 60, os novos talentos da MPB explodem em shows coletivos pelo Brasil afora. Praticamente ignorado pela TV, o fenômeno arrasta um público estimado em 250 mil pessoas por ano

Por José Flávio Júnior

Exaltar a era dos festivais — onde surgiram grandes nomes da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque — é um argumento clássico dos saudosistas.
Bem, agora eles não têm mais do que sentir saudade: a era dos festivais está de volta. Nunca houve tantos festivais de música popular no Brasil, nem mesmo no tempo em que Nara Leão usava saia acima do joelho e Sérgio Ricardo atirava o violão na plateia. Em geral realizados em capitais brasileiras fora do eixo Rio-São Paulo, pelo menos 38 são vinculados à Abrafin, Associação Brasileira de Festivais Independentes (sim, existe até uma entidade que reúne dados sobre o assunto). De acordo com a Abrafin, em 2008 cerca de 800 artistas se apresentaram em eventos como o Bananada — cuja próxima edição ocorrerá neste mês em Goiânia —, o Rec-Beat, em Recife, e o Calango, em Cuiabá. Estima-se que tenham reunido, ao todo, um público da
ordem de 250 mil pessoas.

No essencial, os festivais do século 21 têm a mesma função dos realizados na década de 1960: revelar novos talentos. No restante, e a começar pelo fato de que não são competitivos, são completamente diferentes. Essas diferenças estão ligadas às mudanças que o mundo da música experimentou nos últimos anos. A década de 60 do século passado foi o período em que a televisão se consolidou como principal meio de divulgação de música popular, superando o rádio. Os festivais eram promovidos por emissoras como a Tupi e a Excelsior.
Quando apareciam na televisão, artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque passavam a fazer parte de uma espécie de *mainstream* da música e, assim, conseguiam contratos com grandes gravadoras. Hoje o conceito de *mainstream*não existe mais. A internet vem substituindo o rádio e a televisão como principal meio de divulgação de música. As gravadoras enfrentam dificuldades financeiras, e os artistas, novos ou não, sobrevivem sobretudo de shows. É justamente esta uma das principais funções dos novos festivais: ver quem se sai bem no teste do palco.

O presidente da Abrafin, Fabrício de Almeida Nobre, de 30 anos, é vocalista da banda de rock goiana MQN. Colocou de pé seu primeiro festival porque queria um palco para tocar. O evento que ele tinha como modelo era o pernambucano Abril pro Rock, uma espécie de precursor da nova era dos festivais, que acaba de realizar sua 18ª edição. Contemporâneo do movimento
manguebit, o APR revelou de cara Chico Science e Mundo Livre S/A. Em anos seguintes, deu visibilidade a grupos como Mombojó e Los Hermanos. Hoje, o festival não atravessa sua melhor fase, apresentando uma programação bastante enxuta e menos atraente do que a dos "rivais" Rec-Beat e o No Ar Coquetel Molotov, ambos sediados em Recife.

Para Fabrício, uma das principais contribuições da Abrafin foi ajudar a formatar um calendário nacional de festivais. As datas dos eventos são publicadas no site da associação (www.abrafin.org), que também explica os conceitos de cada festival e informa quem são seus responsáveis. Ainda que a crise mundial tenha empurrado para o segundo semestre vários eventos que deveriam ocorrer no primeiro, ela não ameaça a continuidade dos que já estão
estabelecidos. "A melhor definição para um festival independente é: independentemente do que aconteça, ele acontece", diz Fabrício.

Para uma banda iniciante, os festivais podem ser estratégicos, uma vez que reúnem tribos distintas na plateia. O grupo de rock Móveis Coloniais de Acaju, de Brasília, resolveu em 2005 que investiria tudo nesse circuito, com os nove integrantes custeando o alto preço das viagens. A banda começou tocando, nos piores horários, em festivais como o extinto Curitiba Rock Festival. Graças a performances interativas e arrebatadoras, o Móveis foi conquistando fãs e hoje é chamado para ser a atração principal em vários eventos. Os produtos com o logotipo do grupo disponíveis nas barraquinhas vão de abridores de garrafas até espelhinhos femininos. Tanto destaque nessa cena rendeu um contrato com a gravadora Trama, que lança o segundo álbum dos brasilienses neste mês (*leia a resenha na página 49*).

Muitos desses festivais nasceram totalmente dedicados ao rock. Mas outras expressões musicais — muitas regionais, caso do tecnobrega e da guitarrada no Se Rasgum, de Belém, e do siriri e do cururu no Calango, de Cuiabá — foram ganhando espaço, sem alienar os adeptos do som mais pesado. É o inverso do que aconteceu nos festivais dos anos 60, cuja audiência rechaçava flertes com a "música americana". No Festival Internacional da Canção de 1968, Caetano Veloso lançou uma diatribe contra os que o apupavam durante a execução de *É Proibido Proibir*, em ruidoso arranjo dos Mutantes. Ficou famosa a passagem "Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? Vocês não estão entendendo nada!". Que bom que Caetano está vivo para ver que o futuro é muito melhor do que aquele previsto em seu discurso. A juventude entendeu tudo. E está fazendo acontecer.

5 Principais Festivais

1. Bananada
2. Se Rasgum
3. Calango
4. Rec beat
5. Goiania Noise

5 festivais mais promissores

1. El mapa de todos
2. No Ar Coquetel Molotov
3. Vaca Amarela
4. PMW
5. Quebramar (Macapá - AP)

5 Principais bandas reveladas recentemente nos festivais

1. Móveis Coloniais de Acaju*
2. Macaco Bong*
3. Do Amor*
4. Cerebro Eletronico
5. Lucy and The Popsonics

*já se apresentou no Festival Se Rasgum