quinta-feira, 26 de março de 2009

Decisões judiciais importantes para jornalistas

Serão julgados no dia 1º de abril, no Supremo Tribunal Federal (STF) duas pautas muito importantes para o jornalismo no Brasil: o julgamento da ação do PDT que pede a revogação da Lei de Imprensa e da ação do Ministério Público Federal, que pede a extinção da obrigatoriedade do diploma de jornalistas.

De minha parte, sou a favor da revogação da Lei de Imprensa atual, datada de 1967 (!), para que haja a criação de uma nova, adequada ao Brasil de hoje, longe dos dispositivos inconstitucionais implantados na época da Ditadura Militar por interesse de uma classe. A imprensa tem que ter uma lei específica, democrática.
Quanto à extinção da obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer a função, sou contra. Eu faço faculdade de jornalismo pra quê? Larguei o curso de Direito pra fazer jornalismo pra quê? Pra vir um doido me desclassificar dizendo que everybody pode ser jornalista? Que, se o padeiro da esquina quiser, ele pode ser tão jornalista quanto eu que terei um diploma suado e caro? Nananinanão!
A única exceção que faço, nesse caso, é em relação aos que exercem a profissão de jornalista há mais tempo que a criação do curso acadêmico de jornalismo.

Vou torcer pra que minhas preferências tenham sucesso.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ei, Letícia, cuidado pro Sindicado Regional dos Padeiros não te colocar na Justiça por esse comentário.

Anônimo disse...

Let,

Eu estou a alguns meses de me formar em jornalismo (depois de já estar formado em direito). Em junho eu recebo o diploma. No entanto cursei faculdade pelo conhecimento acadêmico do jornalismo e da comunicação.

Sou completamente contrário à obrigatoriedade de diploma jornalístico. Se você for fazer uma análise comparativa, são raríssimos os países democráticos do mundo que possuem essa obrigatoriedade (que eu chamo de reserva de mercado).

EUA, Itália, França, Alemanha, Japão e etc... Nenhum desses países exige o diploma para o exercício da profissão. Salvo engano, não tenho certeza agora, das grandes potências somente a China possui essa exigência.

Acho que a seleção deve ser feita pelo mercado e não pelo diploma. Jornalismo é estritamente técnico, a academia é para aqueles que querem aprofundamento e pesquisa para o aperfeiçoamento da área, mas não deve ser obrigação.

Desculpa o texto imenso, mas é minha opinião.

Beijão, nêga e bora ver no que dá esse julgamento no dia da mentira ehheehehhee

Anônimo disse...

Pra te mostrar que não estou sozinho neste entendimento, dá uma lida no que esse meu amigo escreveu: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=500DAC001

Abração.

Let Azevedo disse...

Damaso, fiquei com medo agora. hehehe

Pedrox, continuo com a minha opinião, apesar de todos os outros países.
De qualque forma, vou me formar nesse curso fuleiro de jornalismo e, depois, vou terminar o chato do Direito, só pra ser considerada "alguma porcaria". hehehe
Tudo bem, tem um monte de jornalistas formados que fazem, escrevem e falam um monte de bobagens mas, nesses casos, trata-se de total falta de profissionalismo.
Acho importante qualificar nossa imprensa. Muitos têm colunas em jornais e revistas sem ter a mínima noção, senso ou ética jornalística. Não sabe nem de onde vêm.
Isso me faz lembrar do caso que aconteceu com nosso atual prefeito, que se fazia passar por médico.
Ele até podia saber consultar seus "pacientes" por ser interessado pela medicina e, por conta própria, ter se aprofundado, mas com certeza não era qualificado pra isso.
É, amigo, já tinha percebido que seria bem no dia da potoca.
hehehe
beijos,
Let.

Rafael Guedes disse...

A faculdade ensina o que no dia-a-dia se desaprende. Mesmo e principalmente em questões como ética e apuração, infelizmente.

Já é tempo de o Jornalismo ser uma especialização para oriundos de outras carreiras - economista, advogado, farmacêutico -, e opcional. O mercado se encarrega de separar o feijão, Let.

Do contrário, estamos lutando para valorizar um diploma que já não vale nada há muito tempo. Vale lembrar que "um jornal de Belém" paga menos que a própria mensalidade que o estudante gastou na Unama, por exemplo. O mesmo jornal emprega não-graduados. Vale a pena lutar por isso?

Let Azevedo disse...

Tá, galera, vcs já me convenceram. Não quero mais ser jornalista.
:)

Mentira!

Rafa, é que eu fico perplexa com algumas coisas que vejo os "sem diploma" fazendo.
Sou uma romântica e ainda acredito no que amo. Não pelos outros, por mim.
De qualquer forma, vou terminar meu curso de Direito, antes que tirem o status de curso superior do jornalismo.

Obrigada pela "visita"!